ASSEMBLEIA ANIMAG 2020: DOM ANTÓNIO COUTO "Como Eu vos fiz, fazei vós também" - 10 ANOS

 


«“Como eu vos fiz, fazei vós também”:

para um rosto missionário da Igreja em Portugal»

 

A Assembleia Geral dos ANIMAG 2020 – incluindo os IMAG, as OMP e a FEC – teve lugar, via plataforma zoom, no dia 03 de novembro, pela manhã, com 81 inscrições, e o seu programa consistiu principalmente numa sessão de formação por ocasião do décimo aniversário da publicação da Carta Pastoral da CEP «“Como eu vos fiz, fazei vós também”: para um rosto missionário da Igreja em Portugal», publicada em junho de 2010.

Dom António Couto, bispo de Lamego e Delegado da Conferência Episcopal Portuguesa para as Relações Bispos/Vida Consagrada, foi o conferencista convidado, que começou por fazer uma apresentação da Carta Pastoral, referindo-se ao Congresso Missionário de 2008 como sua génese, uma vez que nas suas conclusões estava explícito o pedido à Conferência Episcopal Portuguesa de que elaborasse um documento pastoral deste género que contribuísse para avivar a dimensão missionária em Portugal. A Carta, em si, é constituída por cinco traves mestras: o Primado da missão do amor; Evangelização: o primeiro e o melhor serviço; Todos evangelizados e todos evangelizadores; Igrejas locais, sujeito primeiro da missão; Os fiéis leigos: contributo indispensável no coração do mundo.

Tudo remete a Deus-Pai e à fonte de amor, que passa pelas suas duas mãos – Cristo e o Espírito Santo –. Deus é amor e ama-nos de modo perfeito, permanente, consequente. O Filho, o maior evangelizador; o Espírito Santo, o protagonista da missão. Não somos os continuadores de Cristo, mas sim seus irmãos e contemporâneos. Teremos de deixar passar o lume do amor por meio da nossa vida. Amar como fomos amados. Os Pastores como «responsáveis pela abertura da Igreja à ação do Espírito Santo» (Bento XVI), não pessoas que apenas ocupam cargos. A proclamação do Evangelho a todos os povos e culturas como o melhor serviço que a Igreja pode prestar às pessoas. É necessário transformarmo-nos em testemunhas: de evangelizados em evangelizadores, levantando-nos e partindo em missão. Teremos de transmitir a mensagem de tal forma que o ouvinte se torne, ele próprio, protagonista: evangelizador. Em vez de fazer coisas na Igreja, devemos empenhar-nos numa Igreja a fazer-se.

A missão deve ser a alma de tudo o que fazemos, o seu horizonte permanente e o seu paradigma por excelência. Impõe-se uma profunda renovação interior e de estruturas pastorais. Ir ao encontro do Senhor em cada irmão terá de ser a prioridade das prioridades. Missão permanente como missão paradigmática. Não uma missão apenas ad extra, mas sim, simultaneamente, ad intra e ad extra, contínua e permanente. Mais uma missão paradigmática (pôr em clave missionária as atividades habituais das Igrejas particulares) do que uma missão programática (realização de atos de índole missionária).

Hoje precisamos de uma pastoral integrada, mais do que sectorial. Uma avalanche, uma torrente que atravesse milhares de corações e semeie lá a semente do Evangelho. O «Espírito Santo e nós» teremos de pensar melhor como atravessar os diversos sectores em sistema de pastoral integrada.

Dez anos da Carta Pastoral é boa ocasião para refletirmos sobre a forma de sermos, verdadeiramente, «um rosto missionário da Igreja em Portugal».

Adelino Ascenso

Presidente dos IMAG

Poderá ver e ouvir integralmente a conferência de Dom António Couto:

DOM ANTÓNIO COUTO "Como Eu vos fiz, fazei vós também" - 10 ANOS

https://youtu.be/i6R0ccLGwTY

      

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