"Lá vêm os missionários felizes!" Animag Zona 3 em missão em Vila de Rei


Missão é sair do quarto, do sofá de casa e do lugar ao encontro do irmão que se deve apoiar e amar. Nesta missão ouve muitos encontros dominados por uma atmosfera de fraternidade e amizade, as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, Sociedade do Verbo Divno, Irmãs de São José de Cluny, Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, Irmãs da Apresentação de Maria, e juntos compartilhamos, alegrias, saberes, experiências, olhares, sorrisos e muitos abraços.
O acolhimento na casa do senhor padre João, todos os dias, com aquela palavra de pastor interessado pelo seu rebanho: lá vêm os missionários felizes, como correu o dia? A sua escuta atenta foi, sem dúvida, um estímulo e motivação para partirmos diariamente em Missão.
Na comunidade das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, sentimo-nos em casa desde o primeiro instante, as Irmãs Emília, Eugénia e Carmina puseram-nos muito à vontade, de tal forma que o movimento da casa era de mútua descontração e sobretudo de grande simplicidade e liberdade.
Nos lares, escola, famílias, capelas, estabelecimentos públicos e nas ruas, fomos reconhecidos com muita alegria, proximidade, e amabilidade.
As animações nos lares, ao nível de música, acompanhada de guitarra, e dança brilharam porque foram largamente correspondidas pelos utentes apesar das suas muitas dificuldades. Nos jogos, o divertimento foi maior que a competição, meia volta, volta e meia, lá estava o BINGO a demarcar uma nova partida. Os momentos de oração, rezados com seriedade e devoção, testemunham uma fé inquebrantável que teima em persistir apesar da evolução social, desertificação local e da debilidade física. As “exposições em mãos” de desenhos, bolinhas, pinturas e trabalhos artesanais, cativaram os nossos olhares, arrancando de nós o espanto perante a resiliência humana. As refeições, tomadas em conjunto com os utentes e pessoal foram momentos deliciosos pelo sabor da comida e a companhia especial.
Na escola apreciamos o acolhimento, a simpatia, a falta da campainha, esta foi notada pelos gestos das crianças, atentas ao relógio na hora de entrada e de saída. A refeição conjuntamente com as crianças e a afeição das pessoas demonstra uma grande cumplicidade entre adultos e crianças. Os trabalhos afixados sobre as preocupações sociais, ambientais e ecológicas, sensibilizaram-nos.
Podemos dizer que em cada casa dos doentes que visitamos no domicílio, encontramos nichos de fé, amor e fidelidade que nos motivam para continuar a missão aqui e lá fora. Também tivemos a dita de manjar em algumas famílias particulares, que nos proporcionaram um ambiente de fraternidade à volta da mesa. Para além dos alimentos saborosos e saudáveis, as largas conversas contribuíram para uma comunicação ao nível do coração.
Nas várias capelas por onde passamos, o acolhimento foi muito caloroso, as Eucaristias vividas com muita profundidade e em ambiente de comunhão festiva. Tivemos a oportunidade de verificar que estas são lugares de encontro com Jesus e entre as pessoas.
Nos estabelecimentos públicos e nas ruas o acolhimento não difere do referido atrás, as pessoas são naturalmente afáveis, atentas e sobretudo serviçais.
Agradecemos ao Senhor Padre João Pires Coelho, o acolhimento dos missionários na sua paróquia, às Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria o facto de nos receberem na sua casa e a todas as pessoas que tornaram a nossa vida mais rica, com as suas partilhas, experiências e vivências quotidianas. Um Bem-Haja!






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