2ª Conferência Missionária 2021 - AO ENTARDECER

 

«AO ENTARDECER... a cultura do encontro! No coração da missão»

 

A segunda sessão do ciclo de conferências online 2021 promovidas pelos ANIMAG, sob o título genérico de AO ENTARDECER, teve lugar no dia 29 de abril de 2021. Foram protagonistas desta sessão Cátia Tuna e Rita Almeida de Brito, que nos falaram de «a cultura do encontro», a partir das suas experiências «no coração da missão».

 Cátia Tuna

 A historiadora Cátia Tuna, docente na faculdade de teologia da Universidade Católica Portuguesa e ligada ao movimento eclesial Mambré, relatou alguns episódios de encontro ao longo da sua experiência no Bairro Cova da Moura, para onde decidira ir viver aos 23 anos de idade e onde permanecera durante seis anos e meio. Sublinhou que a profundidade da fé das pessoas com quem privou estava no peso das suas cruzes. Escutou-as, fazendo a experiência do silêncio, dando lugar a outras vozes que não eram as suas. Histórias de vida e de fé com a expressão límpida de «Deus é Pai». Experimentou a realidade do encontro, que não serve para atingir um fim, mas que é, em si mesmo, a finalidade. Tudo está na disponibilidade para tal encontro. Um encontro de simplicidade do «estar com», radicado na fidelidade, e ver o outro a construir a sua vida.

Cátia Tuna terminou apresentando o desafio de a Igreja entrar mais profundamente nos meandros das periferias territoriais, aqueles bairros periféricos que parecem invisíveis. Urgência de reflexão, em conjunto, sobre os territórios de missão que existem em Portugal, sem nos perdermos em teorias estéreis.  

Rita Almeida e Brito

 Rita Almeida e Brito fez o curso de enfermagem na Universidade Católica Portuguesa e pertence ao grupo de jovens de Nossa Senhora de Schoenstatt. Está na génese e na coordenação de ComVIDas, projeto que tem como finalidade principal o envio de voluntários para colaboração nos lares. Tentativa de atenuar a maior pobreza, que é a falta de amor (cf. Madre Teresa de Calcutá).

Rita Brito alertou para a tentação da indiferença. Ao princípio, será necessário tomar consciência de tal tentação, para que as coisas não se tomem como «anormal normalidade».

A todo o momento, o Senhor chama a alguma coisa diferente. A oração, alicerce e alento para toda a atividade do voluntário, sendo o silêncio condição essencial para o bom desempenho.

Nada a temer! A vida entregue por inteiro, sabendo que Deus chama por inteiro. Tomarmos consciência de que somos «lápis» do Senhor e que é Deus que pega no lápis e desenha. Um lápis que aponta para o artista. Descobrir a providência de formas desconhecidas.

Todo o tempo é tempo de resposta. Uma resposta que inclui o silenciar. Função de transformar a solidão em vontade de dançar. 

Adelino Ascenso

Presidente dos IMAG

2/3 Conferência Missionária «Ao entardecer» 29 abril 2021

https://youtu.be/tn6lxg-zLfA