Inauguração EMI - Santuário de Fátima
Exposição
aberta à diversidade de povos e culturas
«Senhor
Cardeal D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima
Senhor
Padre Carlos Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima
Caros
companheiros sacerdotes, consagradas, consagrados e fiéis leigos, todos e cada
um:
Muito
obrigado pela presença encorajadora.
«Pelos
caminhos do mundo» é o título da exposição missionária que está a percorrer
diferentes zonas do país.
A
exposição começou a ser pensada e organizada em novembro de 2016 e, depois de
dois anos de preparação, foi inaugurada a 29 de setembro, na Escola Francisco
de Holanda, em Guimarães, pois queríamos que, simbolicamente, o percurso
iniciasse no berço da Nação. Ali permaneceu durante duas semanas. Seguiu depois
para Refojos e Barcelos – onde se incluiu o roll-up sobre D. António
Barroso «pobre nasci, rico não vivi e pobre quero morrer», para a
celebração do centenário do seu falecimento –. De Barcelos, a exposição
prosseguiu a sua peregrinação pelas dioceses de Porto, Aveiro, Viseu, Lamego,
Guarda, Vila Real, Bragança-Miranda, Santarém, Lisboa, Algarve, Viana do
Castelo. E chegou à diocese de Leiria-Fátima. Está em Fátima desde finais de
agosto: esteve na Consolata, por ocasião do Curso de Missiologia, e no Verbo
Divino, por ocasião das Jornadas Missionárias; aqui permanecerá no encerramento
do Ano Missionário, a 20 de outubro, dia em que se realizará a peregrinação
nacional da CEP. Depois de deixar o Santuário, a 31 de outubro, ainda deverá
percorrer as restantes dioceses por onde ainda não passou.
Às
portas do Ano Missionário proposto pela Conferência Episcopal Portuguesa, esta
exposição pretendia ser motivadora de dinamismos novos na Igreja católica. Daí
o considerarmos importante destacar o facto de a inauguração ter tido lugar num
local público: a intenção, desde o início é que a exposição, aberta à
diversidade de povos e culturas, seja também entendida como abertura à
diversidade de religiões e às diferentes sensibilidades no que diz respeito à
religião em si.
Três
momentos caraterizam esta exposição:
1.
Um conjunto de roll-ups que aponta
para o Deus que «faz caminho com as pessoas». Seis substantivos e seis
verbos, que não foram escolhidos ao acaso.
Substantivos: Trindade, Encarnação, Comunhão (que nos dão a
essência daquilo que é a nossa fé)
Escuta,
Disponibilidade, Caminho (só a partir da escuta atenta é que estaremos
disponíveis para fazermos estrada com as pessoas pela peregrinação da vida).
Para isso, os
verbos são imprescindíveis, pois incutem movimento, ação. São eles:
Verbos: Apaixonar-se, Envolver-se, Entregar-se
(só se nos apaixonarmos teremos a ousadia para nos envolvermos e nos
entregarmos).
Confiar, Construir, Sair (o confiar é
ponto de partida para a construção de relações e para a coragem de sairmos da
própria confortabilidade e irmos ao encontro do outro com janelas abertas a um
diálogo sem reservas).
As
citações sob cada uma das palavras dos roll-ups – de Papa Francisco, S.
João, S. João Paulo II, S. Paulo VI, Bento XVI, CEP, S. Lucas, Bento XV e
Hélder Câmara – devem ajudar a direcionar a reflexão.
2. O segundo momento é constituído por uma
série de 34 objetos. Cada peça tem a sua história, com as suas lágrimas e as
suas alegrias, as suas angústias e as suas esperanças. Este bloco deve
abrir-nos ao encontro de culturas e religiões: aquelas culturas e religiões com
as quais nos vamos deparando no nosso quotidiano, lá fora e cá dentro também.
3. Finalmente, um terceiro bloco é
apresentado, em forma de jogo, na aventura de percorrer os caminhos do mundo e
da missão.
A Exposição missionária itinerante não é
meta em si. O nosso desejo foi, e continua a ser, que ela seja instrumento para
reflexão e que sirva também como motivo aglutinador para a realização de
eventos à sua volta, num diálogo saudável e de abertura a povos e culturas. Tem
cumprido estes objetivos? Em alguns lugares, sim.
Muito obrigado por acolherdes a Exposição
Missionária Itinerante neste lugar central e altamente simbólico.
O Papa Francisco dizia hoje, no início do
Mês Missionário Extraordinário, que iria sacudir as comunidades católicas e apelava
a que sejamos ousados e criativos na transmissão do Evangelho. Sim, certamente
há muitas folhas secas que devem cair e muitos horizontes de criatividade que
esperam por nós. Não deixemos o Espírito sozinho, pois Ele já lá está!
Muito obrigado!»
Padre Adelino Ascenso
Presidente dos
IMAG (Institutos Missionários Ad Gentes)
Inauguração da EMI no Santuário de
Fátima, dia 1 de outubro de 2019
Comentários
Enviar um comentário