Este vídeo é alusivo ao tema do ciclo de Conferências Missionárias 2021 preparadas para o mês de outubro, o mês missionário. O texto, excluindo o que está entre parêntesis, é do recente livro: «A Mística do Arado - Busca de um Deus Possível» de Adelino Ascenso, Presidente dos IMAG.
1. Escuta, diálogo, missão… A missão é maior – muito maior – do que a nossa pequenez. (in AA, A mística do arado)
2. Podemos, até, fazer muitas coisas belas, mas continuaremos estéreis, se ignorarmos o sopro sempre novo e renovador do Espírito. Faltar-nos-á a alma. Precisamos de estimular, espicaçar, esporear a imaginação na nossa vida cristã e na nossa vida de cristãos.
3. Há, no nosso interior, pedras rígidas e agrestes que deverão ser quebradas e alisadas para que absorvamos o tesouro que reside no desafio da interculturalidade., (e na provocação de nos colocarmos “à escuta do diálogo”).
4. Quero escutar o silêncio e sondar a plenitude de que está repleto o vazio: será nesse espaço que o eterno ausente me chama e me encontra.
5. Há, à nossa volta, muitos terrenos em pousio que precisam de ser lavrados e muitas formas novas de presença que derivam da imaginação do possível em tempos de vulnerabilidade e incerteza como estes que estamos a viver.
6. Os gestos simples, o despojamento e a entrega orante; o abalo e as folhas secas que vão caindo sem alarido; o arado que vai lavrando terras inóspitas e vai afinando a escuta. Sim, a escuta de uma «ligeira brisa»; uma presença que não está na estagnação, mas «sempre para além do nosso caminhar» (Blondel).
7. A nossa atitude terá de ser aquela de quem vai ao encontro do diferente com o coração de portas escancaradas e em atitude de escuta, pois «a Igreja “em saída” é uma Igreja com as portas abertas» (EG 46); sem armaduras nem espadas em riste, mas sim com mãos postas, em atitude de respeito, e cabeça baixa, em gesto humilde.
8. Para encher é preciso esvaziar; para se encontrar é preciso sair. (é preciso escutar, esvaziar-se, encontrar-se, dialogar, refazer-se. Sairmos dos nossos egoísmos, da nossa autorreferencialidade, da nossa autossuficiência, das nossas vaidades).
9. Aí, na profundidade da nossa vacuidade, dar-se-á o encontro. (Aí, seremos reconstruídos como irmãos “à escuta do diálogo”).
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