Ressuscitou, de verdade, o meu Amor e a minha Esperança!


Senhor, há algo que, como cristão, temos que celebrar com toda a alegria e força: a Tua Ressurreição, porque ela é a nossa esperança total. Não temos maior certeza do que esta: Tu venceste a morte e com a Tua morte Tu venceste as nossas mortes. Esta certeza é o fundamento da nossa vida. Tu não somente venceste a morte física, como venceste a morte do pessimismo, do egoísmo, da violência, da dor. Como nos diz S. João, Tu trouxeste-nos a esperança de “UM CÉU NOVO E UMA TERRA NOVA, onde não haverá mais choro, nem morte, nem luto, nem dor, porque o mundo velho passou”.

Por isso, Jesus necessitamos celebrar Contigo e com toda a Igreja o principal DOMINGO DA NOSSA VIDA: o DOMINGO DE PÁSCOA. Com ele Tu asseguraste-nos que o futuro está em Ti e que o passado de dor, de morte, de violência, de desprezo, já passou e não pode determinar a nossa vida. A Tua vida venceu o pecado, a dor, a injustiça, a impotência. Podemos levantar o nosso olhar e encarar o futuro com Paz.
Por vezes, Jesus pensamos que a nossa história tem a última palavra, que o que vivemos de negativo determina as nossas vidas, que é definitivo e, que já não podemos sair de aí. De certa maneira, isto é verdade, porque nós não podemos, mas TU VIESTE, VIVESTES, SOFRESTES E RESSUSCITASTE para arrancar-nos de aí, para levantar-nos. Não podemos sair das nossas circunstâncias sozinhos, acreditando que tudo depende de nós. E é aí onde recebemos esta grande noticia: hoje renasce a esperança, porque TU ESTÁS VIVO e assim NOS VIVIFICAS de novo toda a história. Agora as perguntas sobre o nosso futuro têm uma resposta: viveremos no amor Contigo para sempre.
Com a Tua ressurreição podemos falar sobre o futuro, por vezes incerto. Com a Tua vitória frente à morte podemos sorrir e viver plenamente sem deixar que as situações nos sufoquem, ou que os medos nos roube a alegria e a paz.
Ao saíres do sepulcro, e mover a pedra que te detinha, Tu moveste todas as pedras que nos oprimem, tudo aquilo que nos rouba a vontade de viver. No meio desta experiência surge-nos uma pergunta: como podemos viver, no dia a dia, esta mesma experiência da ressurreição? S. Paulo diz-nos: “Procurai as coisas do alto, onde está Jesus Cristo, e não as da terra. Porque a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. Por esta razão, podemos cantar o Aleluia, que é um canto que expressa a alegria profunda: a nossa vida está escondida Contigo, ou seja, está em Ti que passaste da morte à vida. Por isso, podemos acreditar e esperar.
Senhor, que possamos alegar-nos verdadeiramente Contigo. Que cantemos com toda a alegria a Aleluia desde o que vivemos. Santo Agostinho convida-nos a deixar que Deus dilate nosso coração ao máximo para que toda a nossa vida possa ser um canto de louvor Aquele que nos resgatou para SEMPRE DA MORTE.
Veja o que uma alegria, meus irmãos, a alegria de sua ajuda, a alegria de cantar salmos e hinos, a alegria de recordar a paixão e ressurreição de Cristo, a alegria de esperar por outra vida. Se a simples espera nos causa tanta alegria, como será quando a possuirmos? Quando ouvimos falar estes dias, aleluia, como ela muda o Espírito! Não é como se gostássemos um pouco da cidade celestial? Se estes dias produzem em nós tanta alegria, como será o dia em que nos dirão: Vinde, benditos de meu Pai, recebei o reino; quando todos os santos se encontrem reunidos, quando se encontrem aqueles que não se conheciam antes, ou se reconheçam aqueles que já se conheciam; aí a companhia será de tal forma que nunca se perderá um amigo nem se temerá um inimigo? Proclamamos o Aleluia; e isso é coisa boa e gozosa, cheia de alegria, de prazer e de suavidade” Sermão 299 B,2
2ª feira: (Mt 28, 8 15) Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» (...) «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.» “
Hoje Jesus aproximasse de cada um de nós e continua a falar sobre a alegria verdadeira. Essa alegria que ninguém nos pode roubar, a alegria da Sua presença até ao final. Pode parecer-nos estranho que a Igreja celebre o Domingo de Páscoa durante toda esta semana, como se fosse um só dia. Porque será? As grandes alegrias necessitam ser assimiladas devagar, para que possam ir empapando o nosso ser. Estas mulheres deixaram que a alegria empapasse o seu coração, pedimos-Te o mesmo Jesus para nós.

3ª feira: (Jo 20,11-18)«Mulher, porque choras? (...)Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» - que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: ‘Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.’» “
Jesus, aproximas-te e pronuncias o nosso nome, como fizeste com Maria. Talvez como ela não te reconhecemos, pensamos que ainda estás morto. Mas, aproximas-te ressuscitado e queres que vivamos assim. Ajuda-nos, Senhor, a reconhecer que estás VIVO e PRESENTE na nossa vida. Que como Maria deixemos que a Tua luz nos ilumine e a Tua voz nos faça renascer.
4ª feira: (Lc24,13-25) “Não ardia o nosso coração enquanto Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”
Senhor, como os discípulos de Emaús, necessitamos reconhecer que em muitos momentos nos ardeu o coração, mas que nem sempre te reconhecemos, nem sempre percebemos que Tu caminhavas connosco. Mas, hoje, Jesus reconhecemos-Te e queremos que fiques na nossa vida para sempre. Hoje, o nosso coração, mais do que nunca, arde pela força da Tua ressurreição e pelo poder da vida que vence a morte.
5ª feira: (Lc 24,35-48) Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.» “
Jesus, por vezes surgem dúvidas no nosso coração, mas Tu dás-nos um sinal mais claro da Tua ressurreição: a marca dos seus cravos, de um amor enorme. Sou Eu mesmo quem se apresenta diante da tua vida, Sou Eu que ressuscitei e por isso, não tenhas medo, nem permitas que as dúvidas sobre Mim entrem no teu coração.
Senhor, ajuda-nos a viver com esse coração ressuscitado, atento à Tua presença. E que a paz que invadiu o coração dos Teus discípulos seja a paz que fique no nosso coração.
6ª feira: (Jo 21, 1-14) “Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água.”
Estas são as palavras mais bonitas do Evangelho: é o Senhor! No nosso dia a dia, nem sempre somos capazes de ter esta agilidade, de S. João, para reconhecer que és Tu. Por isso, pedimos-Te, Jesus, que esta Palavra se vá fazendo realidade na nossa vida, e assim possamos lançar-nos para onde Tu estás.
Sábado (Mc 16, 9-15) “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho”
Jesus, vem renovar em nós um convite, uma missão: a de aproximar-nos d’Ele e desde aí anunciarmos a Boa Nova da Sua ressurreição. Senhor, ajuda-nos a viver e a testemunhar, com as nossas vidas, que o Teu amor venceu a morte.
Comunidade Missionária Servidores do Evangelho (Coimbra)

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